segunda-feira, 31 de maio de 2010

Esta noite eu sonhei com Pedro. Eu estava com uma amiga, ou uma conhecida, agora não sei, e ela conversava comigo sobre alguma coisa. Então Pedro chegava e nos dava uma caixinha feita de isopor, mais ou menos do tamanho dos potes de sorvete da kibon. Mas o que havia dentro era um tipo de bolo, eu acho. Então eu comia. Na verdade, havia uma caixa pra mim e uma pra minha amiga, agora me lembro. Pedro super constrangido por estar em minha presença. Aí alguma coisa acontecia e nós, eu e minha amiga, não gostamos do bolo e pedimos a Pedro nos trouxesse outro bolo. Ele começou a ir, recolhendo consigo a caixinha de isopor de minha amiga. Ele se virou, esquecendo da minha caixinha, ou porque estivesse tão nervoso que pensou que iria e eu não o "lembraria". Mas eu "lembrei" ele da minha caixinha e ele se voltou e pegou minha caixinha. Sorriu e fez um carinho no meu rosto: aproximou sua mãe do meu rosto e, o polegar no queixo e os demais dedos na testa, fechou delicadamente a mão, em forma de bico, de modo que afagou meu rosto. Mas poderia ser uma agressão e eu não ter percebido. Aí eu acho que acordei.

sábado, 29 de maio de 2010

Essa noite, eu sonhei que namorava o anjo Gabriel.
Putz, ele era lindo... Na realidade, não sei descrever como ele era, e sim como eu me sentia em relação à sua beleza: e era como estar diante de um nascer do sol no vale: a estupefação que a natureza nos causa só em ser ela.
Bem, me lembro que eu e ele estávamos com minha mãe, e minha mãe me disse Cuidado, e, algo mais ou menos assim, Você saberá diferenciar quando o momento tiver chegado. Ela quis dizer, disse, aliás, mas não sei como, que eu saberia do bem e do mal no momento em que eles se dessem à minha cara e meus olhos somente não os pudessem distinguir.
Na hora de sairmos dali, vestimos mantas, para esconder nossas asas (sim, eu também tinha asas) e um de nós, não sei quem, acho que foi ele, no caso mesmo de eu não ter tido asas, não quis usar a armadura samurai, ou não se lembrou que tinha que usá-la, e foi advertido quase que desesperadamente por alguém que ali estava nos ajudando com os coletes: Se não vestirdes a armadura, vossas asas poderão ser vistas e sereis denunciados. Denunciados a quem, a quê? Não sei.
Então saímos. Muito tempo se passou sem que eu percebesse, e de repente já estávamos caminhando juntos, eu e o anjo Gabriel, por uma rua escura, muito parecida, aliás, com a rua ao lado do Tiro de Guerra, em Limoeiro do Norte, e eu seguia como se estivesse voltando da casa onde por muitos anos minha mãe trabalhou. E eu acho que dizia ao anjo coisas que se diz quando terminamos um namoro. Mas eu não sentia ele, ele estava calmo, ou surpreso, como um lago na hora que dorme. Era como se eu falasse a um abismo.
Então chegamos ao final da rua e, em vez de dar com a alameda velha que era a de Limoeiro do Norte, nos deparamos com um caminho nunca visto por mim, desértico, com apenas um restaurante-churrascaria no qual entrei. Acho que já estava sozinho, ou então, me dei conta de que sempre estivera sozinho. Mas aí tudo ficou muito confuso, e eu só me lembro de repreender um garçom ou a dona do lugar, por não ouvir que dizia uma pessoa, e sei que gritei mesmo com aquele garçom. Mas depois, depois eu estive numa mesa com algumas pessoas, que agora não lembro que fossem. E então acho que acordei.